Eu acredito que gente feliz aparece pouco. Se não pouco se nota, mas pouco faz questão de ser notada. Acho que o excesso no exterior é uma tentativa de compensação para as ausências lá de dentro; afinal, quando a despensa está cheia, a gente não perde tempo no supermercado. O próprio estado de ser suplanta a necessidade de conseguir atenção pela exibição de atributos exteriores. Sensualidade, soberba ou ostentação são todos filhos da carência. Mas a completude que se recebe da comunhão com Deus gera uma riqueza emocional que dispensa muito desses paliativos pediátricos. “O Senhor faz cheia a minha despensa”; ou como diria Davi, “o meu cálice transborda”.
26 de julho de 2019